26 / dez

Resistência à insulina e obesidade, a pandemia persistente como tratar?

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O Dr. Márcio Souza ficou encarregado de fechar o congresso com chave de ouro com sua palestra sobre obesidade e resistência à insulina. Ele que é nutricionista, mestre e doutor pela UFMG, pós-graduado em Nutrição Esportiva Funcional, Nutrição Clínica Funcional, Fitoterapia Funcional e Treinamento Desportivo e especialista em Fitoterapia pela Asbran. Além disso, possui uma brilhante carreira acadêmica, sendo professor no curso de graduação em Nutrição na FAMINAS-BH, nos cursos de pós-graduação da VP Centro de Nutrição Funcional e autor dos livros: “Nutrientes aplicados à prática clínica” e “Suplementação Nutricional: guia prático para o atendimento “.

Falar sobre obesidade é entender que se trata de uma pandemia global que, de acordo com a Vigitel 2021, atinge cerca de 22,4% da população. É entender que se trata de uma questão que vai muito além da estética, que acompanha impactos em todos os âmbitos da saúde. O Dr. Marcio em sua palestra cita “NÃO DÁ PARA SIMPLIFICAR UM PROBLEMA QUE NÃO É SIMPLES”, ou seja, é uma doença extremamente complexa. Dentro dessa complexidade, já sabemos que a obesidade é um ciclo vicioso, no qual, esse aumento da gordura corporal gera um aumento na inflamação, do estresse oxidativo, provoca disfunções mitocondriais e leva a uma resistência a insulina.

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Em um trecho de sua palestra o professor conceitua o que é a resistência à insulina (RI), definindo como: “uma resposta biológica prejudicada à estimulação da insulina nos tecidos-alvo, principalmente fígado, músculo e tecido adiposo. A resistência à insulina prejudica a eliminação da glicose, resultando em um aumento compensatório na produção de insulina pelas células beta e hiperinsulinemia.” Essa RI gera impactos sistêmicos no corpo, podendo atingir desde o fígado, músculo e tecido adiposo, como, coração, rins e cérebro.

Por sorte, o melhor tratamento que existe são as mudanças de hábitos, estudos mostram que a prática de exercícios e um padrão de dieta mais saudável é capaz de reduzir a glicose sanguínea e melhorar a sensibilidade a insulina, gerando impactos positivos em todo o corpo. E, pensar na dieta é pensar em três princípios básicos: quantidade, qualidade e timing.

O conceito de timing vem cada vez mais sendo estudado e leva em consideração a crononutrição. Mostrando que o momento do dia em que está sendo ofertado certas refeições é importante. Por exemplo, ofertar a maior parte das calorias e carboidratos nas primeiras horas, pode ser uma estratégia interessante para melhora da hiperglicemia pós-prandial em pacientes com DM2.

Já se sabe também que uma oferta deficiente de micronutrientes, como, Zn, Co, Cr, Se, Ca, Mg e Fe pode aumentar o estresse oxidativo e, consequentemente, levar a uma resistência à insulina e diabetes. Por isso, é uma conduta fundamental do nutricionista ficar atento a esses micronutrientes. Além disso, alguns nutrientes também podem ser muito interessantes pensando nesses pacientes, como, resveratrol, ácido alfa lipoico, berberina, ácido clorigenico, curcumina, quercetina, EPA/DHA, genisteína, piperina, antocianinas, catequinas, butirato, vitamina D e coenzima Q10. Devendo avaliar individualmente a necessidade de suplementação de cada um deles.

Se você tem interesse em saber mais detalhes sobre a palestra você pode acessar os slides disponibilizados pelo professor. Um material de extrema importância para a prática clínica dos nutricionistas.

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Dr. Márcio Souza @marcionutricionista

Texto: Fernanda Coutinho, nutricionista na Rede Cia da Saúde

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