Uma matéria publicada no The New York Times destaca o aumento do consumo de carboidratos principalmente os refinados e a diminuição do consumo de gorduras. Acompanhe e entenda melhor:

 Há muito tempo uma simplificação das recomendações nutricionais criaram uma fobia de gordura. Isso se deu pelo fato de, o acúmulo de evidências e estudos em animais e humanos mostrar que uma dieta rica em gorduras saturadas e colesterol, foi um importante fator de risco para doença cardiovascular, assim as orientações dietéticas incitaram as pessoas a comerem menos gordura. A impressão passada foi de que todas as gorduras eram ruins e todos os carboidratos eram bons. Embora a gordura focada fosse à saturada, de alimentos de origem animal, a população passou a escolher variedades de alimentos com reduzido teor de gordura, mas ricos em hidratos de carbono, como biscoitos, bolos prontos e iogurtes adoçados, priorizando os refinados e açúcares. Quando consumidos em excesso, além da necessidade do corpo para a energia imediata, são armazenados. Carboidratos e açúcares refinados podem resultar em resistência à insulina e doença hepática gordurosa.

Isso tudo gerou a atual epidemia de obesidade e diabetes tipo 2. O erro cometido nas orientações dietéticas anteriores foi à ênfase em reduzir o teor de gordura sem esclarecer sobre a qualidade dos hidratos de carbono, criando a impressão de que todas as gorduras eram ruins e todos os carboidratos eram bons.

A gordura saturada, encontrada nos alimentos de origem animal gordurosos, como carnes e produtos lácteos, pode aumentar os níveis sanguíneos de colesterol, entretanto, optar por azeite de oliva, óleo de abacate e nozes, contribui para manter os níveis saudáveis de colesterol sérico e ainda evitam os depósitos de gordura nos vasos sanguíneos.

Desta forma é muito importante distinguir gorduras saudáveis e gorduras ruins, carboidratos saudáveis e carboidratos ruins. Isso não quer dizer que os carboidratos são ruins, mas sim, que devemos nos atentar a escolha dos carboidratos.  Eles têm o que é chamado de índice glicêmico, que é a capacidade de mobilização de glicose no sangue. Desta forma, devemos dar preferência para aqueles que possuem baixo índice glicêmico. Alimentos com alto índice glicêmico são um problema em particular para as pessoas que tentam controlar seu peso. A quantidade de insulina liberada para reduzir a glicose no sangue, pode ultrapassar a marca e resultar em um rápido retorno da fome.

Um alimento com baixo índice glicêmico, por outro lado, não tem tal efeito. Por isso, procure ter uma alimentação balanceada e sem modismos, o que é bom para seu amigo pode não ser bom para você. Fique atento, pois nem toda a gordura é ruim.

Essas informações não dispensam acompanhamento do médico ou nutricionista.

Indyanara Cristine dos Passos
Nutricionista – CRN10 5202P

Fonte: Adaptado:

BRODY, Jane E. The Fats You Don’t Need to Fear, and the Carbs That You Do. October, 2015.