Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os adoçantes são produtos especificamente formulados para conferir sabor doce a alimentos e bebidas. São classificados em: edulcorantes naturais, obtidos sem reações químicas a partir de plantas ou de alimentos de origem animal, e edulcorantes artificiais ou sintéticos, obtidos de produtos naturais ou não através de reações químicas apropriadas. Um bom adoçante deve ser, normalmente, solúvel em água, ser mais doce que a sacarose (açúcar comum), resistir ao aquecimento, inclusive à pasteurização e ultra pasteurização.

Edulcorantes artificiais:

Aspartame: 200 vezes mais doce que o açúcar. Não resiste a elevadas temperaturas, dissolve-se bem em água e possui um sabor agradável (semelhante ao açúcar). Pode ser consumido por diabéticos e hipertensos, mas não por pessoas portadoras de uma doença congênita rara chamada fenilcetonúria e grávidas. Ele é o adoçante mais associado a efeitos colaterais, como reações alérgicas alimentares, dores de cabeça, enxaqueca, entre muitos outros.
A sucralose: 600 vezes mais doce que o açúcar é elaborada a partir do açúcar e possui um sabor agradável. Pode ser usado por gestantes, crianças e diabéticos. O do tipo granular é resistente a elevadas temperaturas e não apresenta sabor residual. Substitui perfeitamente o açúcar.
A sacarina: 400 vezes mais doce que o açúcar é o adoçante mais antigo, de fácil solubilidade e estável em altas temperaturas. Em grandes doses deixa sabor residual.
O ciclamato: 50 vezes mais doce que o açúcar possui um sabor mais agradável que a sacarina, semelhante ao açúcar, atenuando o sabor amargo da sacarina. Pode ser levado ao fogo.

Edulcorantes naturais:

 Sorbitol: 50% menos doce que o açúcar é um substância natural de algumas frutas e de algas marinhas. Contra-indicado para obesos e diabéticos descontrolados. Resiste à elevadas temperaturas. Doses muito altas são diuréticas e aumentam da perda de cálcio no organismo.

Frutose: Extraído das frutas maduras, de alguns vegetais e do mel. A frutose pode ser consumida por diabéticos, mas só com orientação médica ou de uma nutricionista.
É desaconselhável para regimes de emagrecimento. A frutose é uma vez e meia mais doce que a sacarose, reduzindo assim a quantidade usada. Não possui limite de consumo, mas o excesso de frutose pode causar aumento no triglicerídeo sangüíneo e provocar cáries.

Manitol: É um edulcorante natural amplamente encontrado em vegetais como aipo, cebola e beterraba. Seu poder adoçante é de 70% em relação à sacarose. Não provoca cáries e fornece 2,4 cal/ grama.

Xilitol: Fornece duas cal/grama. Tem um sabor semelhante ao da sacarose, com o diferencial de causar uma sensação refrescante na saliva. Não provoca cáries e possui baixo índice glicêmico, sendo indicado para diabéticos, autistas e crianças. Doses acima de 30 g/dia podem causar diarreia. Seu poder adoçante corresponde à 50% da sacarose.

Stévia: Trata-se de um edulcorante extraído das folhas de uma planta originária da Serra do Amambay, na fronteira do Brasil com o Paraguai. Possui sabor 300 vezes maior do que a sacarose. Tem boa estabilidade em altas e baixas temperaturas, podendo ser levado ao fogo e ao congelamento. Não tem contra-indicação e é totalmente atóxico.
Não é cariogênico. Não possui calorias.

Taumatina: Uma mistura de proteínas de sabor doce obtida a partir do fruto Thaumatococcus daniellii, cerca de 1.300 a 1.500 vezes mais doce que a sacarose e, devido à utilização em quantidade muito pequena, a taumatina não oferece quantidade considerável de calorias. Pode ser usado por diabéticos, fenilcetonúricos, gestantes, sem restrições a qualquer grupo populacional. É considerada uma substância segura e natural. Sua estrutura molecular resiste a elevadas temperaturas e também ao baixo pH, não degradando durante algum processamento, como o cozimento, sendo considerada uma substância estável.

 

Nutricionista Hariane Correa
CRNSC 4495