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Sai de mim, virose

É verão, é o período de férias, todo mundo quer curtir as praias, passeios e tudo mais sem se preocupar, mas o que ninguém esperava é por um surto de gastroenterite por norovírus. Apesar de ser um nome incomum no nosso cotidiano, o norovírus é uma classe conhecida desde a década de 70, que só ganhou destaque no Brasil no ano de 2009, quando houve um grande surto de gastroenterite viral dentro de um cruzeiro de luxo. Por isso, sempre que se falava nesse vírus, a incidência era associada a ambientes fechados, com um público mais suscetível à contaminação, como creches e casas de repouso.

Atualmente, a transmissão é muito mais ampla e atinge pessoas de diferentes idades e locais. O contágio se dá principalmente pelo contato pessoa a pessoa e pelo contato com partículas de fezes, água e alimentos contaminados. No caso de países mais vulneráveis e com condições sociais precárias, a proporção de casos transmitidos por alimentos pode ser ainda maior.

As manifestações mais comuns são: diarreia aquosa, com média de 6 evacuações por dia, e vômito, que pode durar até 4 dias. Porém, também pode apresentar febre, mal estar, fraqueza e dores de cabeça e muscular.

Para quem é de Santa Catarina, o mês de janeiro foi uma demonstração do quanto esse vírus é contagioso, principalmente pela alta concentração de pessoas nas cidades litorâneas que levaram a baixa qualidade da água, contaminação de rios e do mar com esgoto não tratado.

Como forma de prevenção, as medidas recomendadas são: higiene frequente das mãos e assepsia com álcool em gel 70°, consumo de alimentos bem cozidos e armazenados corretamente, vegetais limpos e sanitizados com hipoclorito de sódio ou água sanitária diluída, superfícies e utensílios limpos para o preparo de alimentos, evitar banho de mar em praias impróprias para banho, uso de água fervida para cozinhar e consumo de água mineral, de preferência.

Estou contaminado, o que fazer?

As recomendações são comuns a casos de virose e gastroenterite:

Mantenha-se hidratado

Beba muita água, mas opte também pelo consumo de sucos naturais, água de coco, isotônicos e soro caseiro para repor os níveis de eletrólitos e evitar a desidratação causada pelos sintomas.

Fortaleça a microbiota intestinal

Por estar em desequilíbrio devido a diarreia frequente, é interessante ingerir nesse momento simbióticos, para auxiliar na recuperação da textura das fezes e no fortalecimento da imunidade.

Alimente-se bem

Com o sistema gastrointestinal fragilizado, é importante não ficar sem se alimentar, pois pode prejudicar a sua recuperação e aumentar o sintoma de fraqueza. Prefira alimentos leves, de fácil digestão e com baixo teor de fibras, como legumes, arroz, fubá, macarrão, frango, peixe, torrada e sopas. Evite alimentos gordurosos como carnes vermelhas, frituras, frutas com bagaço, doces, queijos e condimentos (pimentas e azeite).

Descanse e recupere sua energia

É recomendado que os infectados mantenham repouso, de preferência isolados de outras pessoas para evitar a contaminação. Se sentir sintomas mais graves, procure atendimento médico para prescrição de medicamentos.

 

Vamos fazer a nossa parte e nos prevenir para evitar o aumento do número de casos na nossa cidade! Apesar de ser uma doença com um período de recuperação rápido, idosos e crianças podem evoluir o quadro e desenvolver complicações mais graves, podendo levar ao óbito.

 

Karina Ramos é nutricionista na Rede Cia da Saúde

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