A quinoa, também conhecida como quinua real, originou-se cerca de 5.000 anos atrás, na região dos Andes (hoje Peru, Bolívia e Chile). Serviu de suporte para civilizações pré-colombianas, incluindo a Inca, que se referiu a ela como a “semente mãe” por suas propriedades nutritivas e sua capacidade de prosperar em climas difíceis.
Existem cerca de 120 espécies da planta, sendo ainda classificadas em 1.800 variedades diferentes, categorizadas pelo seu clima preferido. Dependendo do local de cultivo, as sementes podem ser pretas, vermelhas, cinzas, rosas, amarelas, roxas, verdes ou laranjas, ou qualquer tom entre estes.
A quinoa ainda é pouco conhecida no Brasil, mas já se sabe o quão nutricionalmente rico este alimento é. Ela é considerada uma ótima fonte de proteína, carboidrato de baixo índice glicêmico, gordura saudável, vitaminas e minerais.
O principal diferencial da quinoa para os demais grãos (arroz, trigo, milho, etc.) é a sua qualidade proteica. Por ser completa em aminoácidos não-essenciais e essenciais, incluindo metionina e a lisina, que as principais fontes são de alimentos de origem animal (como a carne e o ovo). Também contém ômega 3 e 6, gorduras boas. É fonte de carboidratos complexos, rica em vitaminas do complexo B (como B1, B2, B3) e vitamina E, assim como fibras e minerais (como potássio, magnésio, zinco e ferro) e uma boa alternativa para celíacos, pois é ausente de glúten.
Em sinergismo, estes nutrientes fazem da quinoa um alimento aliado no ganho de massa muscular, além de promover o desenvolvimento mental, como memória e aprendizado. Possui ação anti-inflamatória, auxilia no controle dos níveis de colesterol e glicemia, também contribui para a saciedade.
A quinoa pode ser encontrada na forma de grãos, flocos ou farinha. Os grãos podem substituir o arroz ou serem incorporados a saladas, bolinhos, cuscuz, tabule ou a legumes. Os flocos podem ser consumidos com frutas, leite, iogurte, sucos ou também nas saladas. Já as farinhas podem compor receitas de bolos, pães, sopas, massas e biscoitos.
Para preparar o grão é necessário lavá-lo, pois são revestidos de saponinas (proteção natural da planta contra insetos, pássaros e o sol), que deixam o gosto da quinoa amargo. A proporção é a mesma do arroz: duas xícaras de água para cada xícara de quinoa. Quando a água ferver, abaixe a temperatura, acrescente os temperos e os grãos, tampe a panela e deixe cozinhar por 12 a 15 minutos.
Essas informações não dispensam o acompanhamento de médicos ou nutricionistas.
Letícia Longhi Rocha
Nutricionista – CRN 10-3814
Fonte:
UNIVERSO DOS ALIMENTOS. http://universoalimentos.blogspot.com.br/p/quinuaquinoa-o-cereal-do-sec-xxi.html. 2017.