A depressão é definida pelo estado de tristeza, baixa auto-estima, pessimismo e desânimo, que segundo a OMS atinge cerca de 350 milhões de pessoas no mundo, o que corresponde a 5% da população mundial e só no Brasil, 10% da população sofre com o problema e é classificada como um grave problema de saúde, afetando o lado profissional, escolar, familiar e intimo. Na pior das hipóteses, a depressão pode levar ao suicídio e dados apontam 1 milhão de mortes ao ano.
Segundo estudo publicado na Phytotherapy Research a curcumina, ingrediente bioativo da Curcuma Longa (Zingiberaceae), também conhecida como açafrão da terra, tem efeitos impressionantes na melhora dos quadros de depressão. Neste estudo, concluiu-se que a eficácia da curcumina foi semelhante ao de um medicamento antidepressivo padrão. No entanto, a curcumina não contém nenhum dos efeitos secundários associados com as terapias de fármacos comumente utilizados e proporciona benefícios adicionais para a saúde. Estes resultados mostraram que os níveis de curcumina aumentam os neurotransmissores como a serotonina, dopamina e noradrenalina no cérebro.
Antidepressivos chamados de inibidores da monoamina oxidase (MAO) trabalham inibindo a atividade da monoamina oxidase, enzima responsável pela metabolização dos neurotransmissores como a serotonina, noradrenalina e dopamina. Portanto, quando se minimiza a ação da monoamina oxidase aumenta-se as concentrações da serotonina, noradrenalina e dopamina no cérebro. O estudo publicado pela Phytotherapy Research mostrou que a curcumina foi capaz de inibir modestamente dois tipos de enzima monoamina oxidase.
Ao aumentar a noradrenalina, a curcumina pode melhorar a atenção, emoções, sono, sonho, e da aprendizagem. Níveis mais altos de dopamina podem melhorar prazer, emoção e locomoção. E reforço da serotonina pode desempenhar um papel fundamental no humor, apetite, sono, memória, aprendizagem, comportamento sexual, a regulação da temperatura e outras funções, trazendo a sensação de bem estar.
A curcumina pode ser um agente eficaz e seguro quando associado aos tratamentos convencionais já utilizados para o tratamento em pacientes de transtorno depressivo, visto que, agrega benefícios a saúde aliados a ausência de efeitos colaterais.
Essas informações não dispensam acompanhamento do médico ou nutricionista.
Michele Gonçalves
Nutricionista CRN10: 3378