Cada vez mais a pauta sobre o autismo tem ganhado espaço entre as discussões na comunidade cientifica e já se sabe que uma equipe multiprofissional tem um papel muito importante na vida do indivíduo portador de transtorno do espectro autista (TEA), incluindo o papel do nutricionista. Por isso, para falar sobre Intervenções nutricionais no autismo, a Dra. Maiara Lima foi a convidada especial. Ela que é nutricionista, mestre e doutoranda em nutrição, pós graduada em nutrição esportiva e fitoterapia funcional pela VP, membro da Academia Brasileira de Nutrição Funcional e professora dos cursos de pós graduação em nutrição esportiva funcional e Nutrição materno infantil.
O indivíduo com TEA apresenta características muito específicas, como, poucas habilidades sociais e de comunicação, possuem dificuldade de entender a comunicação não verbal, não realizam muito contato visual e precisa ser explicitamente ensinado habilidades sociais, conferindo a esses indivíduos alguns sintomas típicos, dentre eles os mais evidentes, são, comportamento agressivo e ansiedade, TDAH, Epilepsia e Distúrbios que afetam o processamento de informação sensorial.
Já se sabe que esses sintomas estão intimamente relacionados com uma alimentação mais seletiva entre esses indivíduos. O conjunto do distúrbio de processamento sensorial, com os problemas gastrointestinais que normalmente os acompanha e, em alguns casos, a disfagia e a incapacidade física de mastigar ou engolir, leva a esses indivíduos a terem hábitos alimentares mais restritos e específicos. Além disso, fisiologicamente, a ciência também já foi capaz de comprovar que esses pacientes apresentam uma alteração no sistema intro-receptivo, isto é, na forma como, enxergam, sentem e percebem os alimentos, ou seja, esses indivíduos não sentem o mesmo gosto nos alimentos, por exemplo: algo doce pode ser sentido de forma muito mais doce por individuo com TEA e isso pode ser o responsável pela repulsa que eles sentem a certos alimentos.
Outro ponto a ser destacado é que os indivíduos com TEA apresentam uma menor capacidade antioxidante, resultando em um maior acumulo de radicais libres. Dessa forma, existem algumas intervenções nutricionais que devem fazer parte da conduta do nutricionista que atende esse público, como:
- Suplementação de ômega 3;
- Redução do glúten e caseína;
- Redução dos açúcares simples;
- Feingold diet, uma dieta que elimina alimentos artificiais, corantes, adoçantes artificiais e conservantes em crianças com TEA;
- Dieta cetogênica, como uma forma de normalizar o balanço excitatório e inibitório;
- Dieta Low Fodmap
Além disso, o papel da equipe multiprofissional juntamente com a família é fundamental em todo esse processo também é fundamental. Devemos entender que a forma que esses indivíduos sentem e percebem o mundo é diferente, cabendo a família respeitar e celebrar as pequenas conquistas durante a jornada.
Em todos os detalhes sobre cada estratégia são muito importantes que a individualidade seja levada em consideração, independentemente da conduta a ser escolhida, e você ainda pode conferir listadas na apresentação em pdf da palestra da Dra. Maiara:
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E aguarde! Em breve vamos compartilhar sobre as demais palestras do Congresso Nacional Cia da Saúde/VP.
Dra. Maiara Lima @nutrimai
Texto: Fernanda Coutinho, nutricionista na Rede Cia da Saúde