A fibromialgia é uma síndrome esquelética crônica, de caráter não inflamatório, caracterizada por dor generalizada pelo corpo. De etiologia desconhecida, sua fisiopatologia envolve uma série de fatores, incluindo anormalidades do sistema nervoso autônomo, variáveis psicossiciais, fatores genéticos e ambientais.
Costuma surgir entre 30 e 50 anos de idade, sendo mais frequente entre as mulheres. Além de apresentarem quadros dolorosos os pacientes costumam apresentar uma menor qualidade de vida, pela ocorrência de quadros de fadiga, sono não reparador, cefaleia crônica, tonturas, alterações intestinais, rigidez matinal e sintomas depressivos.
O diagnóstico é exclusivamente clínico, sendo assim, não existem exames para comprovar a existência da doença. Esse diagnóstico é realizado após relato e anamnese detalhada com o paciente. A fibromialgia é a segunda doença mais frequente em consultórios de reumatologia.
Apesar de a fibromialgia não ter cura, a realização de tratamentos adequados pode auxiliar no controle da dor, melhora da qualidade do sono e diminuição da fadiga. Hábitos alimentares saudáveis, práticas de exercícios para fortalecimento dos músculos e técnicas de relaxamento podem ser uma ótima opção.
A nutrição ocupa um lugar de destaque, como um dos principais determinantes para auxiliar no tratamento de pacientes com dores crônicas. Tais modificações devem ser feitas de forma gradativa, buscando melhora na qualidade de vida do paciente. Manter uma alimentação adequada, com redução do consumo de açúcar, gorduras, sal e álcool. O consumo de cafeína também deve ser reduzido, para melhora na qualidade do sono. É importante aumentar a ingestão de fibras, frutas, vegetais e líquidos, a fim de evitar o aparecimento de outras doenças crônicas e o excesso de peso. Algumas estratégias nutricionais podem auxiliar no manejo com a dor.
Dois micronutrientes ganham destaque muito importante no tratamento da fibromialgia, são estes: o magnésio e o cálcio, ambos ajudam a produzir espasmos musculares e os impulsos nervosos, importantes nas contrações musculares. Já os ácidos graxos ômega 3 e 6 devem estar inseridos na alimentação devido seu efeito anti-inflamatório.
Devem ser priorizados os alimentos fontes de triptofano, este aminoácido é responsável pela síntese de serotonina, que atua na sensação de bem-estar, melhora o humor a depressão e insônia, sendo encontrado em carnes magras, ovos, banana e laticínios.
Para aumentar a energia e diminuir a fadiga a ingestão dos chamados carboidratos complexos, presentes em pães integrais e massas, são os mais indicados, pois a produção de energia é mais duradoura. Consumir alimentos ricos em vitaminas do complexo B e C, auxilia no combate do estresse e atua na prevenção da fadiga.
São necessários ainda mais estudos para compreender melhor a origem e como combater os sintomas da fibromialgia, mas com o acompanhamento de profissionais preparados pode-se melhorar a qualidade de vida do paciente.
Essas informações não dispensam acompanhamento do médico ou nutricionista
Indyanara Cristine dos Passo
CRN 10 – 5202 P