Frutas oleaginosas como castanhas de caju, nozes, amêndoas e castanhas do Pará são alimentos ricos em lipídeos de boa qualidade, proteínas, minerais e compostos bioativos.
A castanha do Pará, é mundialmente famosa por ser a maior fonte alimentar conhecida de selênio: apenas uma castanha por dia é capaz de suprir as necessidades do mineral. O selênio tem grande importância no sistema antioxidante, é um mineral que não pode faltar no cardápio de quem quer manter uma alimentação saudável e retardar os efeitos do envelhecimento. Dentro do organismo humano, o selênio tem uma função similar à vitamina E, ele se liga a algumas proteínas já existentes para formar enzimas com propriedades antioxidantes, essenciais para combater os radicais livres que danificam as células.
A noz é o fruto da nogueira de nome científico Juglans regia. Também é rica em lipídeos, mas o tipo predominante é o poli-insaturado das séries ômega 6 e 3, predomina então as gorduras boas! O consumo de nozes está relacionado à redução do risco de câncer, doenças cardiovasculares, doenças neurodegenerativas, hiperlipidemias e outras desordens.
A castanha de caju é um alimento rico em proteínas (em média 18g a cada 100g) e lipídeos monoinsaturados. É fonte de magnésio, importante para geração e utilização de energia no corpo; Zinco, essencial ao sistema antioxidante e ao reparo do DNA; Ferro, responsável pela geração de energia e transporte de oxigênio; e potássio, que age regulando a distribuição dos líquidos corpóreos, contribuindo para a redução da pressão arterial.
A amêndoa é grande fonte de fibras, magnésio, cálcio e vitamina E. Seus lipídeos são semelhantemente aos do azeite de oliva, abacate e castanhas de caju e do Pará. Entre as oleaginosas, é a mais rica em vitamina E, importante antioxidante lipossolúvel, auxilia a normalização do perfil lipídico. Possui também arginina em sua composição, aminoácido que entre outras funções, é precursor do óxido nítrico, substância vasodilatadora.
Além dessas, mais uma opção é a macadâmia, originária da Austrália, que é rica em ácidos graxos monoinsaturados que faz com que o colesterol ruim (LDL) diminua no organismo.
O estado de conservação deve ser observado na aquisição destes alimentos. Oleaginosas são facilmente oxidadas ou contaminadas por fungos, e nas duas situações, oferecem riscos à saúde. A presença de sabor ou aroma alterados, ou ainda, de manchas brancas ou escuras, sinaliza deterioração.
São inúmeros os benefícios do consumo de oleaginosas. Porém, deve-se sempre considerar a individualidade de cada pessoa. Estes alimentos podem causar alergias a alguns indivíduos.
Assim, sempre procure orientação de um nutricionista para saber a dosagem necessária de oleaginosas em sua alimentação diária e observe o estado de conservação das oleaginosas no momento da compra.
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Fonte:
- Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – TACO. 4ª edição revisada e ampliada. Campinas – SP.
- CARVALHO, I.M.M.; QUEIROZ, J.H.; BRITO, L.F.; et al. O consumo de castanhas pode reduzir o risco de processos inflamatórios e doenças crônicas. Enciclopédia da Biosfera; Centro Científico Conhecer, Goiânia, v.8, n.15, 2012.
- REINEHR, Cristian Oliveira; DE SOUZA SOARES, Leonor Almeida. Lipídios em nozes, Castanha de Caju e Castanha do Pará. VETOR-Revista de Ciências Exatas e Engenharias, v. 12, n. 1, p. 35-45, 2002.
- RIBEIRO, M. A. A. et al. Armazenamento da castanha do Pará com e sem casca: efeito da temperatura na resistência ao ranço. Scientia Agricola, v. 50, n. 3, p. 343-348, 1993.