Ômega 3 é considerado um nutriente essencial para o corpo, é chamado de essencial porque é fundamental e não pode ser sintetizado pelo organismo humano, tendo que obtê-lo através da alimentação, as melhores fontes são os peixes, como sardinha, salmão, bacalhau, e atum, e os óleos de peixe e alguns óleos vegetais, também as sementes de chia e linhaça, nozes e castanhasRecomenda-se a ingestão de pelo menos 2 porções de peixe por semana, como grande parte da população não consome a recomendação indicada na alimentação, o ômega 3 já pode ser encontrado na forma concentrada em suplementos de óleo de peixe, podendo complementar a alimentação.

O ômega 3 aparece em diversos estudos, seja no processo de emagrecimento, recuperação de pacientes com câncer, recuperação muscular, influências no humor, ou no processo de envelhecimento.

Faremos juntos aqui uma revisão de alguns artigos científicos e seus resultados.

Um estudo feito em 2008 com mulheres sedentárias, com o objetivo de observar e documentar a melhora da dor muscular tardia após atividade de exaustão, mostrou melhorar os sintomas da dor muscular tardia, essa melhora foi associada a suplementação de ômega 3. O estudo foi dividido em dois grupos, um placebo e o outro suplementado com ômega 3, o grupo que foi suplementado apresentou resultados positivos em comparação ao grupo placebo (não suplementado). O grupo placebo, não suplementado, documentou que a dor muscular tardia durou de 3 a 7 dias; já o grupo de mulheres que ingeriu a suplementação de ômega 3, não sentiram dor muscular tardia após a realização do exercício.

Outro estudo feito pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFEST) com intuito de melhorar o prognóstico de cura em pacientes com câncer, mostrou que a suplementação de ômega 3 nesses pacientes conseguiu atenuar a resposta inflamatória e melhorar o estado nutricional. É de conhecimento público que a perda de massa corporal é um fenômeno observado nesses pacientes, gerando uma predisposição ao maior risco de infecções, pior resposta aos tratamentos implantados e como consequência desfavorece o prognostico de cura.

Em 2012 foi avaliado voluntários idosos, com idade superior a 60 anos, com queixas de memória. O tratamento com ômega-3 não foi efetivo quanto à capacidade de memória rápida, contudo, teve uma associação positiva significativa quanto à memória tardia resultando em aumento de 42% na capacidade de recordar as palavras.

Na Revista Brasileira de Reumatologia, em 2014, indivíduos com artrite reumatoide referem melhora da dor, rigidez matinal e melhora do estado geral quando suplementados com ômega 3.

Dos artigos pesquisados, todos referem que o uso de ômega 3 é importante para melhoria de sintomas das doenças. Apesar da maioria dos trabalhos científicos indicar o uso de ômega 3, todos os artigos estudados indicam haver a necessidade de mais estudos.

Essas informações não dispensam o acompanhamento de médicos ou nutricionistas.

Nutricionista Raissa Anaisse de Araújo
CRN10: 4984

Fontes:

BORGES, Mariane Curado et al . Ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 e lúpus eritematoso sistêmico: o que sabemos?. Rev. Bras. Reumatol., São Paulo , v. 54, n. 6, p. 459-466, Dec. 2014 .

BLASCO, Pablo Gonzáles; LEVITES, Marcelo Rozenfeld; MONACO, Cauê. Suplementação de ácidos graxos ômega-3 não reduz eventos cardiovasculares nem mortalidade. Diagn. tratamento. São Paulo, v. 18, n.1, jan/mar, 2013.

DO ESPÍRITO SANTO, Priscila Rodrigues et al. Suplementação de ômega-3 reduz a dor muscular tardia após teste de exaustão em mulheres sedentárias. RBNE-Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 1, n. 6, 2012.

GARÓFOLO, Adriana; PETRILLI, Antônio Sérgio. Balanço entre ácidos graxos ômega-3 e 6 na resposta inflamatória em pacientes com câncer e caquexia. Revista de Nutrição, 2006.

Revista Cientifica FACMAIS, VOLUME VIII, NÚMERO I, 2017/1º SEMESTRE: Efeitos da utilização do omega-3 no processo de envelhecimento – Uma revisão.

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